O que é a Arteterapia
A Arteterapia abrange técnicas que se apropriam e realizam interface com várias formas de expressões artísticas, tendo as ações terapêuticas como finalidade. Conceitualmente, em prol da saúde ela é uma elaboração estética e artística que busca equalizar os processos nas esferas psicoemocionais e físicas. É uma técnica terapêutica não convencional em que a arte e a psicologia se fundem para auxiliar no tratamento de patologias psicossomáticas. O enfoque não é padronizado, mas sim individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente, sendo uma ferramenta de grande valia nos casos em que a expressão verbal não atinge satisfatoriamente a meta terapêutica.
É frequentemente utilizada em situações clínicas em que os pacientes sofrem com condições crônicas, tais como doença de Alzheimer, SIDA; pacientes oncológicos, de hemodiálise; trauma cerebral, esquizofrenia, demências, depressão, bipolaridade e casos de Transtorno de Personalidade Borderline. A Arteterapia também se mostra bastante útil no tratamento de casos de pacientes que sofreram abuso sexual (crianças e adultos).
Como terapia complementar, tem sido aplicada para casos de estresse e de reabilitação neurológica (não só no tratamento, como na prevenção de distúrbios e complicações destes) e como ferramenta de diagnóstico.
A Prática Terapêutica da Arteterapia
Na Arteterapia são utilizadas diversas linguagens (das literárias até as linguagens sonoras, plásticas, dramáticas e corporais) e se baseia em técnicas expressivas, como música, dramatização, poesia, dança, modelagem, pintura e desenho. Estas intervenções são instrumentos para que os profissionais utilizam para a promoção da saúde e de uma vida com mais qualidade.
A Arteterapia é uma especialização destinada a profissionais com graduação na área da saúde – por exemplo: Psicologia, Enfermagem e Fisioterapia, embora se reconheça sua utilização por pessoas formadas nas áreas das artes e da educação, desde que sem o enfoque clínico. Dependendo da formação do profissional e o público com o qual se trabalha, a técnica encontra diferentes aplicações: na avaliação, na prevenção, no tratamento e na reabilitação. Também podem ser utilizadas como instrumento pedagógico na educação e como meio para o desenvolvimento (inter) pessoal através da criatividade em grupos. Assim, o campo de atuação da Arteterapia se torna cada vez mais amplo, conseguindo abranger, além do contexto clínico, também o educacional, o comunitário e o organizacional.
Os Arteterapeutas são profissionais com treinamento tanto em arte como em terapia e que apresentam conhecimento sobre o potencial curativo da arte. Os cursos de Arteterapia são ministrados para profissionais de diversas áreas (psicologia, pedagogia, psiquiatria, fonoaudiologia, arte-educação, enfermagem, entre outros) e cada um insere a arteterapia em sua área de habilitação profissional.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) incluiu a Arteterapia no Sistema Único de saúde (SUS), demonstrando a interface nos programas de saúde entre técnicas não convencionais e convencionais para os mais diversos tratamentos.
Origens da Arteterapia
No século XIX, o médico psiquiatra alemão Johann Christian Reil empregou expressões artísticas por meio de textos, sons, desenhos e pinturas na busca de melhores resultados terapêuticos. Os resultados da Arteterapia se mostraram promissores, passando a ser utilizada por outros médicos de renome da época.
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Referências
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